Como íamos dizendo…

Há quase um ano, ninguém escreve nesse blog. Mas isso não quer dizer que TGIF tenha esfriado. Dezembro passado comemoramos 3 anos, e foram muitas jogatinas desde o último post. Os destaques:

  1. A incorporação de mais um participante habitual, codinominado MrMagoo, que está inclusive convidado a escrever o próximo post;
  2. Muito, mas muito Dominion! Na verdade, 2013 foi dominado por ele (pun intended);
  3. Outras aquisições muito boas: Resistance, Sabotateur (o joguinho dos anões mineiros), expansões de Carcassonne, 7 Wonders Wonder Pack,e outros que devo estar esquecendo;
  4. Mais sessões de teste de Nobility e testes preliminares de Game Developers Game.

Já estamos avançando por 2014 e outras novidades foram incorporadas: A Study in Emerald, Gloom, Dominion (again) Prosperity, Game of Thrones e, estreando ainda hoje: Eldritch Horror.Image

Troféu Mão de Pântano

Em jogos online é muito comum recebermos Achievements – prêmios por ações inusitadas, ou por alcançarmos marcos como quantidade de dinheiro recolhido ou monstros mortos.

O Troféu Mão de Pântano é um Achievement negativo, como as privadas nas resenhas, conferido a jogadores que conseguem tirar a carta que não podia aparecer, ou o número nos dados que não podia sair.

O troféu mudará de mãos enlameadas quando um novo jogador merecer o troféu. Atualizarei este post toda vez que isso acontecer.

Troféu Mão de Pântano

Troféu Mão de Pântano

Ganhadora em abril de 2013: Mrs. Goldfish, por sortear quatro Epidemias no Pandemic.

O que faltou dizer sobre dezembro?

Mais um ano se vai. E terminou em grande estilo para TGIF. Os posts publicados em dezembro (número recorde?) deixaram muito de fora:

  • Jogamos Say anything. Muito divertido!
  • Estreamos as micro expansões 1 e 2 de Carcassonne. HLH ficou saltando de ornitóptero de um lado para outro, e sempre acabava filando a bóia em algum convento.
  • Jogamos Power Grid com 5, no mapa da Alemanha. MrF usou sua geo-vantagem e venceu.
  • Jogamos Ticket to Ride com Big Cities (4 jogadores, apenas), e estabelecemos um novo recorde: MsF e ZD fizeram 122 pontos (a vitória foi de ZD apenas pela ferrovia mais longa).
  • O que mais?

Para 2013 ainda temos as estréias de:

  • Lancaster New Laws
  • Pandemic on the Brink
  • Outras 3 micro expansões de Carcassonne.
  • O que mais?

Foi um ótimo ano para TGIF, não foi? Que 2013 seja ainda mais divertido! TGIF é um dos meus momentos favoritos da semana. É um prazer compartilhar tão brilhante companhia! Cheers!

Dominion

Ontem, estreamos mais um jogo: Dominion. Mais um que agradou. E acho que foi acima da média. Jogamos três partidas. Nas duas primeiras, usamos a seleção de cartas sugerida no manual para o primeiro jogo. Vitórias de MrF (23 pontos) e MsG (24 pontos). A terceira foi a Interaction. Vitória de ZM (44 pontos).

Interessante como os sets “First Game” e “Interaction” resultaram em jogos tão distintos. Basta ver a diferença no placar dos vencedores (44 contra 24). No First Game, as duas partidas terminaram pela exaustão de 4 lotes de kingdom cards. No Interaction, o jogo acabou pelo consumo de todas as cartas de Província. Além disso, o segundo arranjo rendeu uma partida muito mais longa (2 horas, talvez) e é, como o nome indica, muito mais interativo. Espiões e Ladrões perturbaram e os Fossos fizeram um sucesso danado. Não tiramos fotos.

TGIF 2 anos!

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Dezenas de sessões, dezenas de jogos diferentes, centenas de horas de diversão!

Settlers of Catan, Carcassonne, Imagem e Ação, O melhor dos anos 80, Nobility*, Volta ao Mundo, Lombardy*, UNO, Interpol, Mahjongg, Monopoly Cards, Enciclopédia, Fiasco, 7 Wonders,  Lancaster, Scotland Yard, Citadels, Shadows over Camelot, Fury of Dracula, Super Trunfo, Decatlo**, Top Secret, Alerta Vermelho, Bolsa de Valores, UK Trivia, Worst Case Scenario, Quem sou eu?, Pandemic, Les Aventuriers du Rail (Ticket to Ride), Say Anything e Power Grid.

* em desenvolvimento, ** desenvolvido na casa

A volta

Depois de um mês sem sessões de TGIF (o clube nunca ficou tanto tempo sem se reunir) voltamos com tudo, com jogos novos e expansões. Vamos resumir as sessões dos dias 7 e 14 de dezembro.

Começamos por Ticket to Ride (ri-hi-hide). O jogo é simples e divertido. E agradou. A primeira partida foi vencida por MrFlipper, no dia 7. Voltamos a jogar no dia 14, mas desta vez sem HLH. Não sabemos se por conta do menor número de jogadores, mas alcançamos placares mais elásticos. Chegamos a passar dos 100 pontos (note os marcadores em pé na foto, para indicar que dobramos a esquina, à la Carcassonne). A vitória foi decidida em favor de ZD no detalhe, apenas pelos 10 pontos conquistados pela ferrovia mais longa. O resultado foi 111 a 101!

TTR - sessão 1 - foto 1

Minhocas ferroviárias de MrFlipper foram mais eficazes.

TTR - sessão 2 - foto 1

Quase um empate! ZD venceu pela ferrovia mais longa.

Se cabe alguma crítica, ficamos com a impressão de que é preciso dar mais incentivo para que os jogadores comprem rotas (é esse o nome?) adicionais.

7 wonders leaders and cities. Novo recorde? Não, matemática ruim!

7 wonders Leaders and Cities. Novo recorde? Não, matemática ruim!

É claro que não resistimos e usamos o pretexto da nova expansão Cities para voltarmos ao vício 7 Wonders. As cartas pretas e as maldades que elas trazem não chegaram, pelo menos nas duas partidas que jogamos, a levar alguém à bancarrota. Mas, com a expansão atingimos um novo recorde de pontos! 91!

Mas, espere um minuto! Se somarmos 18 +2 + 6 + 20 + 4 + 0 + 15 + 16, o resultado é 81! Assim, ZD não conseguiu ampliar o seu recorde (88). Conseguiu apenas a humilhação pública e uma recomendação: MOBRAL.

Power grid - sessão 1

Apesar de seus “probleminhas” ZD vence a primeira de Power Grid

No dia 14, além do TTR, estreamos Power Grid (sem HLH). O jogo parece ter causado ótima impressão. Claro que jogamos errado. E, claro, que a culpa foi de ZD e sua supramencionada dificuldade cognitiva. Usamos uma região a mais do que deveríamos, e não tiramos 4 usinas do baralho, como deveríamos. Mas parece ser um jogaço.

Who am I?

Comer e beber durante nossas partidas já teve consequências cômicas e trágicas (para não dizer tragicômicas, menos do ponto de vista do Missoshiru Mascarado, que ficou com o pelo sujo de Coca-Cola). Para ajudar grupos como o nosso uma boa adição às características de jogos no BGG seria “Cabe numa mesa com copos e pratos?”, ou “cabe numa mesa redonda com copos king-size e cumbucas ou pratos de sobremesa?”

Pois bem, o incansável ZD sacou da manga o party game Quem Sou Eu?, como apresentado na cena do bar em Bastardos Inglórios. Munidos de papel, caneta e esparadrapos anti-alérgicos (I beg your pardon? temos ZM no grupo!) ficamos assim:

Queen Elizabeth I, Federico Fellini, Mike Wazowski, Silvio Santos e Khal Drogo

A animação do jogo depende muito da velocidade na qual fazemos perguntas. Nas regras apresentadas no ehow um limite de 20 perguntas é sugerido, e talvez não devêssemos seguir uma ordem também, mas bolar uma forma de leiloar a vez. Ou instalar um espeto nos assentos de HRH e do monstro zoiudo, que estão devendo uma dança de Conga la Conga.

Criaturas verdes e espiões invisíveis

Resgatado dos registros ancestrais de julho de 2012. Os comentários recentes vão em itálico.

A sessão de 15 de junho foi uma viagem no tempo para mim, Mr. Flipper, porque jogamos dois jogos que me acompanham desde a adolescência.

O primeiro da noite foi o Alerta Vermelho, um wargame simplificado, com ambientação em seriado enlatado de ficção científica. O jogo acontece no interior de uma nave, a Startramp, que, no melhor estilo USS Enterprise, percorre planetas em expedições científicas. Para azar dos tripulantes, um dia algumas pedras que haviam recolhido revelam ser ovos de uma criatura monstruosa, verde, e assassina; e o jogo viraria Alien, o Oitavo Passageiro se não fosse por uma boa dose de humor, já que a tripulação precisa improvisar com as armas e utensílios disponíveis e torcer para causarem algum efeito nos monstros.

Isso resulta em cenas como o Enfermeiro tentar injetar um medicamento num monstro e isso fazer com que ele cresça, ou divida-se em vários pedaços amebóides (que continuam podendo atacar), ou seja paralisado, ou morra. Ou ainda pode nada acontecer, e se a arma for das mais úteis isso pode significar problemas mortais para a tripulação.

A mecânica do jogo é a de um wargame: cada personagem tem três atributos: movimentos, dados de ataque e pontos de defesa. Quando os dados de ataque dos adversários e suas armas somam mais que os pontos de defesa de um personagem, ele morre. Os monstros começam em inferioridade numérica, mas são muito fortes e resistentes. Se a tripulação não conseguir controlá-los rapidamente pode ser obrigada a fugir.

Ou seja, um jogo que, lá pelos meus 12 anos, eu jogava sozinho e me divertia, mas não tinha a menor expectativa que qualquer pessoa hoje em dia topasse jogá-lo comigo. Meio na brincadeira eu e Mrs. Goldfish levamos o jogo e Qual Não Foi Minha Surpresa (TM) quando ele pareceu agradar ao clube.

Uma adaptação muito bem-vinda, e que remete ao segundo jogo da noite, o Interpol, pareceu agradar a todos. Originalmente o Alerta Vemelho é para dois jogadores – tripulantes contra monstros, mas por que não dar um toque de RPG e fazer com que um dos jogadores controle os monstros e todos os outros joguem pela tripulação? (Nota mental: numa outra vez poderíamos ampliar isso e dar uma raça para cada jogador)

A sessão de Alerta Vermelho foi amplamente favorável à tripulação, que após perder os tripulantes de praxe enquanto testava as armas descobriu que o extintor matava monstros com força máxima. Como o extintor tem efeito de área e pode ser encontrado em qualquer aposento da nave, o máximo que consegui fazer com meus monstros foi morrer lutando.

A segunda sessão foi de Interpol, e a estratégia de HLH como Mr. X era vencer os detetives pelo cansaço e por meio de viagens no tempo para corrigir dois erros fatais. Nossos quatro detetives ficaram nos calcanhares do malfeitor transparente a sessão inteira, mas em vão. Ao final das rodadas Mr. X nos deixou ao sul de Hyde Park e correu em direção ao Tâmisa.

Na sessão final da noite começou minha inhaca no 7 Wonders (que, salvo algum lapso, creio ainda não ter conseguido quebrar. (True. Hoje, meses depois, devo ter ganho no máximo duas partidas de, sei lá, 20) – não consigo mais ganhar uma partida, e tenho jogado muito, muito mal. Deve ter algo a ver com sentar à esquerda de ZD (desculpa esfarrapada, ontem sentei entre Mrs. Goldfish e HLH e só apanhei).

Ainda não tentamos uma nova noite de Alerta Vermelho. Já que bolamos uma estratégia colaborativa, parecida com o Interpol e com o recentemente adquirido Fury of Dracula, pode ser um bom jogo de “entrada” para uma noite com um deles.